Looping Trágico – Por Escalafobética
Montagem Teatral: SOLOS DO MARAJÓ
Montagem: Grupo Usina
Escalafobética[1]
Espetáculo, em monólogo baseado na vida e obra do poeta Dalcídio Jurandir, encenado por Cláudio Barros, pertencente ao grupo Usina, construíram uma poética cênica em 8 histórias que fazem um retrato dos dramas vivenciados nos rincões dos interiores paraenses, extraídas do romance Marajó (1947), como extorsão de terras, tráfico de crianças e feminicídio – só pra citar alguns exemplos.
O espetáculo estreou em 2009, fez parte do projeto "mabembarca", o qual percorreu e foi apresentado na época em 11 municípios paraenses, apoiado pelo edital privado, o programa Rumos, do Instituto Itaú Cultural. O projeto do Grupo Usina apresenta um escopo de temas e soluções estéticas que retira o imaginário amazônico do estereótipo, reconquistando para o palco, além da representação da paisagem física, os dramas da paisagem humana.
O cenário apresenta a estética simples do que são muitas casas no interior, o espetáculo tem ritmo, o desempenho do ator é bem delineado, as passagens de uma personagem para outro é precisa, provoca emoções, sobretudo os dramas fazem refletir sobre a pesada, repetida e triste realidade vivenciada a décadas em solo Marajoara.
Não é monótono, o espectador não vê o tempo passar.
Recomendo
18 de abril de 2023
[1] Participante da Oficina de crítica teatral "Exercícios de escrituras" – projeto TRIBUNA DO CRETINO.
Ficha Técnica
Montagem Teatral:
SOLOS DO MARAJÓ
Obra original:
Romance Marajó, de Dalcídio Jurandir (1947)
Dramaturgia, iluminação, encenação e direção:
Alberto Silva Neto
Dramaturgia, figurino e atuação:
Claudio Barros
Fotos de divulgação:
JM Conduru Neto